20151206

O Desafio da Observação, perspectivas para a Educação

               O século XXI é marcado por uma correria intensa no decorrer dos dias. As exigências da vida levam os seres humanos a um ritmo absurdo de tarefas que promovem a exaustão. Neste sentido, é legítima a presunção da redução de acuidade, aqui no sentido de percepção bem apurada, quanto a fatos relevantes da vida, a atenção se reduz a níveis preocupantes, todos esses fatores externos geram alguma consequência no desenvolvimento das áreas da vida. Esse contexto levanta a questão da importância de uma atenção sensível quanto aos desafios da vida, sobretudo quanto aos avanços necessários ao pleno desenvolvimento da sociedade.

 

                     Os diversos setores da coletividade carecem de uma observação mais séria, que produza resultados significativos. Os avanços no Poder Judiciário remetem a isso, profundas observações da realidade e proposições em nível equilibrado quanto a resolução dos desafios que se apresentam. A educação nacional demanda séria análise, as condições atuais desafiam uma observação, os pontos de vista, as experiências tanto coletivas quanto individuais constroem um diagnóstico, necessariamente elevando a importância do olhar sensível, estabelecendo um ideal de desenvolvimento daquilo que na percepção de muitos é a solução para as mais diversas mazelas sociais hodiernas.

   

                     Quando a educação é posta na mesa de discussões, alguns pontos merecem reflexão. Quando observada pelo ângulo de gestão, a deficiência na quantidade e algumas vezes na qualidade dos materiais é clara, escolas em todo o país reivindicam, no transcurso do ano letivo, aquele material essencial ao início dos estudos, “os alunos correm a meia maratona descalços”. Numa observação ainda mais crítica, como resolver certas desigualdades quando alguns nesta jornada estão em desequilíbrio com o todo? Sacrificam sobremaneira seus cavalos no hipismo da realidade. Na mesma linha, observada a grade curricular, é interessante pensar na atualização, a inserção de conteúdos que se relacionam diretamente com o desenvolvimento da sociedade nos dias atuais. O desenvolvimento de projetos extracurriculares, interdisciplinares, de cunho social, revelam a impressão dos estudantes quanto ao futuro, em consequência, constroem uma cidadania participativa, ativa.

 

                      A luz da segurança, a observação tem sido um pouco acirrada. O número de professores licenciados por questões de saúde, na maioria das vezes emocional é grande. A intimidação e o bullying são as formas de violência mais comuns, interessante pensar, ambos se resolvem com uma boa educação. O contraditório está aí, a educação é refém num sequestro moral, na contrapartida, há exemplos que devem ser levados em consideração, como por exemplo, o desenvolvimento de um projeto de mediação de conflitos dentro da própria escola, onde alunos e professores participariam do diálogo resolutivo e construiriam esse novo ambiente escolar desejado. 

 

                     São inúmeros os pontos a serem observados, mas, há essa necessidade, olhar criticamente e propor resoluções a partir destas observações. Colocar os pontos controvertidos na mesa de debate, agregar os olhares que sob ângulos diferentes imprimem a mesma preocupação, o futuro da educação depende das discussões no presente. Essa breve reflexão remete a importância de observar, parar um pouco a correria da vida e pensar a realidade e em como modificá-la. Eis o desafio, o ponto de partida está dado, a observação e a apresentação de propostas que revelam consideração por um novo tempo na educação.

Marcos Vinicius

Fonte: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=15044

Um comentário:

Unknown disse...

Boa reflexão nobre,muito tempo perdido, o nosso sistema educacional, a educação falida a muito tempo,tudo evoluiu e a educação está na era medieval, a educação poderia pensar suas metodologias, e aplica nas grades iniciais métodos que incentivasse o aluno descobrir sua vocação técnica,visando a formação profissional no término do ensino médio o aluno estaria pronto para o mercado de trabalho.